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UFG desenvolve sensor capaz de medir a oxigenação do sangue

Pesquisadores dizem que a tecnologia é mais econômica do que um oxímetro – aparelho que mede a quantidade de oxigênio no sangue, e pode ajudar a monitorar o tratamento de pacientes com Covid-19. UFG desenvolve sensor capaz de medir a oxigenação do sangue

Pesquisadores dizem que a tecnologia é mais econômica do que um oxímetro – aparelho que mede a quantidade de oxigênio no sangue, e pode ajudar a monitorar o tratamento de pacientes com Covid-19. UFG desenvolve sensor capaz de medir a oxigenação do sangue
A Universidade Federal de Goiás desenvolveu um sensor capaz de medir a oxigenação no sangue. Segundo os pesquisadores, a tecnologia é mais econômica do que um oxímetro – aparelho que mede a quantidade de oxigênio no sangue, e pode ajudar a monitorar o tratamento de pacientes com Covid-19, já que a doença causa redução de oxigenação no sangue.
O sensor começou a ser desenvolvido em 2015, com o objetivo de ser utilizado em águas de rios e lagos, para o monitoramento ambiental. Após anos de estudo, os pesquisadores do Laboratório de Espectroscopia e Nanomateriais (LENano) do Instituto de Química da UFG perceberam que o sistema também serviria para determinar o nível de oxigênio em fluidos, como o sangue.
De acordo com os estudiosos, o sensor foi feito a partir da mistura de dois compostos químicos. Com o sensor, é possível saber com antecedência se o paciente precisa ser internado ou entubado, por exemplo. Para isso, basta colocar uma gotícula de sangue em uma placa, misturar com os compostos e aguardar o resultado, que sai em poucos segundos.
“Os dois [compostos] sozinhos não conseguem fazer essa análise, mas quando a gente combina os dois, a gente consegue saber a oxigenação”, disse o químico Diericon Sousa.
UFG desenvolve sensor capaz de medir a oxigenação do sangue
Reprodução/TV Anhanguera
Os pesquisadores explicam ainda que, antes, essa mistura era usada para avaliar o nível de poluição da água de rios e lagos. Agora, ela foi adaptada para ajudar pacientes infectados com o coronavírus. A doença pode implicar na baixa oxigenação do sangue, causando sequelas como a perda de visão, diminuição da sensibilidade na ponta dos dedos, ataque cardíaco, comprometimento dos rins, e do fígado, e outros.
“Tem uma acessibilidade que comparada com o oxímetro normal é de cerca de dez mil vezes maior, então variações muito pequenas, na diminuição da oxigenação vai ser detectada instantaneamente. É mais rápido, precisa de muito menos amostras, muito menos agressivo”, disse a professora de química da UFG Tatiana Duque.
Segundo os pesquisadores, o custo de produção do sensor é baixo, já que apenas 2 mililitros dos compostos podem ser usados por até 400 sensores.
Agora, os pesquisadores aguardam ainda uma autorização do Comitê de Ética e Pesquisa da UFG para fazer os testes com sangue. A ideia é que as amostras sejam analisadas em hospitais e laboratórios que já tem estrutura para isso. Em seguida, a universidade busca também por parceiros que queiram levar o sensor para o mercado.
UFG desenvolve sensor capaz de medir a oxigenação do sangue
Reprodução/TV Anhanguera
“A Universidade agora está em busca de alguém que ajude a desenvolver esse sensor e colocar no mercado. Deixar disponível para as pessoas, para ter nos hospitais, nos laboratórios clínicos, então, que a gente precisa é de alguém que venha a fabricar”, disse a professora.
Reconhecimento de patente
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) concedeu à UFG o reconhecimento da patente “Sistema fluorescente para sensor óptico de oxigênio dissolvido, método para preparar dispositivo de sensor e uso do sistema fluorescente”. A solicitação de patente foi realizada em 2015, mas a concessão ocorreu somente neste mês.
A patente terá vigência até 2035 e, no momento, os pesquisadores estão buscando parceiros para desenvolver o produto.
O Inpi é um órgão federal, vinculado ao Ministério da Economia, responsável pelo registro e concessão de marcas e patentes
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